GX Explica: FINIMP — como funciona o financiamento de importação e quando vale a pena
Entenda o que é FINIMP, como o financiamento de importação alonga prazos, reduz custos e protege seu fluxo de caixa. Veja taxas, prazos, vantagens e erros a evitar.

GX Explica: FINIMP (Financiamento de Importação)
Tempo de leitura: 7 min
O que é FINIMP?
FINIMP – Financiamento de Importação – é uma linha de crédito em moeda estrangeira que permite ao importador brasileiro alongar o prazo de pagamento ao fornecedor no exterior. O banco liquida a compra à vista e o importador quita o valor (acrescido de juros) em data futura, normalmente entre 90 e 360 dias.
Por que o FINIMP é estratégico?
- Fluxo de caixa aliviado: converte pagamento à vista em parcela futura, liberando capital de giro.
- Taxa internacional: custo atrelado a SOFR/Libor + spread, em geral menor que crédito doméstico em reais.
- Negociação de preço: fornecedor recebe à vista e tende a conceder desconto comercial.
- Hedge automático: a taxa de câmbio é travada no contrato de câmbio da liquidação.
Como funciona o FINIMP – passo a passo
- Pedido & Proforma Invoice: importador apresenta a fatura ao banco.
- Contratação do FINIMP: banco aprova limite, define valor em US$ e prazo (ex.: 180 dias).
- Liquidação cambial: banco compra dólares a PTAX + spread e paga o fornecedor no exterior.
- Recebimento da mercadoria: importador registra DI/DU-imp e recolhe tributos.
- Vencimento: na data acordada, importador paga o banco em reais (ou dólares, conforme contrato) acrescido de juros.
Exemplo prático
Empresa Zeta importa US$ 400 000 em máquinas.
Taxa de câmbio na liquidação | R$ 5,08 |
Valor pago ao fornecedor | US$ 400 000 |
Montante em reais | R$ 2 032 000 |
Juros (SOFR + 2,5 % a.a., 180 dias) | R$ 51 000 |
Total no vencimento | R$ 2 083 000 |
Se a empresa buscasse crédito local a 16 % a.a., pagaria cerca de R$ 160 000 de juros no mesmo período – o FINIMP gera economia significativa.
Modalidades de FINIMP
- FINIMP pagamento antecipado: banco antecipa recursos antes do embarque (risco maior, juros maiores).
- FINIMP pós-embarque (padrão): liquidação na entrega do BL/AWB.
- FINIMP transferência: banco offshore do grupo libera crédito; banco local atua como agente repassador.
5 erros comuns no FINIMP
- Contratar prazo maior que o ciclo de estocagem, gerando custo financeiro desnecessário.
- Não simular VET – foco só na taxa de juros e ignorar spread cambial.
- Esquecer IOF de 0,38 % na contratação do câmbio.
- Deixar de registrar a operação no SISBACEN (ROF) quando exigido.
- Não provisionar variação cambial no balanço (IFRS 9 cash-flow hedge).
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