CET: custo efetivo total sem mistério
O que entra no CET, como amortização e indexador mudam o custo e 6 alavancas para derrubá-lo em PF e PJ.
Tempo de leitura: 14 min
O CET (Custo Efetivo Total) é a régua que traduz tudo o que você paga em uma operação de crédito: taxa, tarifas, seguros, IOF, indexador, amortização e até a carência. É o número que permite comparar, de forma justa, propostas diferentes. Neste guia, você aprende o que entra no CET, como ele muda com o perfil de amortização, por que “taxa vitrine” engana e quais alavancas reduzem o CET na prática — tanto para PF (pessoa física) quanto para PJ (empresas).
O CET anual (e mensal) expressa o custo total de um financiamento ou empréstimo em termos percentuais, incorporando todos os encargos obrigatórios e a mecânica do fluxo de caixa. Duas propostas com a mesma “taxa nominal” podem ter CETs muito diferentes se mudarem tarifas, seguros, IOF e — principal — o perfil de amortização e carência.
Resumo: CET é a “verdade do preço”. É com ele que você deve decidir.
Mesmo com a mesma taxa nominal, PRICE tende a ter juros maiores no começo e parcela constante; SAC reduz parcela ao longo do tempo (juros caem mais rápido), o que normalmente abaixa o CET. Carência pode ser útil para o ramp-up de projetos, mas eleva o CET se os juros forem capitalizados.
Dica: sempre peça simulação do CET com o cronograma real — índice, carência, amortização, tarifas. Sem isso, você compara “maçã com laranja”.
Regra de ouro: case a base da dívida com a base da receita (ALM). Quando não houver casamento, use swaps para converter o indexador e reduzir o CET de risco (o “custo das surpresas”).
Proposta A: CDI + 6,0% (PRICE), tarifa 1,0%, carência 3 meses com capitalização. Proposta B: CDI + 6,0% (SAC), tarifa 0,3%, sem carência. A taxa “igual” esconde: B tem CET menor, parcela inicial mais barata e DSCR melhor.
Debênture de 5 anos: IPCA + 5,0% (SAC) versus CDI + 3,5% (PRICE). Com IPCA estável e queda do CDI, a IPCA+ pode manter CET previsível; com IPCA subindo e CDI caindo, a CDI+ pode vencer. Simule cenários.
Empresa exportadora troca parte do giro para FX loan e swapa o restante em CDI→USD. O juro nominal em USD é menor e o CET consolidado cai, pois a base casa com a receita.
Quase sempre, pois inclui custos adicionais. Em operações subsidiadas e sem tarifas, a diferença pode ser pequena.
Porque tarifas, seguros, IOF, carência e o cronograma (SAC/PRICE) alteram o fluxo e, portanto, o CET.
Sim: reprecificação com novas garantias, step-down por metas, pré-pagamento (avaliar multa) ou migração para linha melhor.
Reduz incerteza de indexador/câmbio. Menos volatilidade de caixa → menor risco percebido → spread menor → CET menor.
💠 Aurum — Comparar CET por indexador (CDI × IPCA+ × USD) 📊 Debêntures/NP/LC — estruturar e estimar CET 🏗 Linhas BNDES — taxas, prazos e carência 💾 Antecipação de Recebíveis — comparar FIDC vs. desconto
CET: custo efetivo total sem mistério
Resumo executivo
O que é CET (e por que não é só “a taxa”)
CET para PF x PJ: pontos que mais mudam o jogo
Pessoa Física
Pessoa Jurídica
Amortização e carência: o motor oculto do CET
Indexador e CET: CDI, IPCA e USD
Exemplos práticos (números ilustrativos)
1) Giro de 24 meses — mesma taxa, CET diferente
2) IPCA+ vs. CDI
3) USD com hedge natural
Seis alavancas para reduzir CET sem “milagre”
Como comparar propostas: checklist do CFO (e da família)
Erros comuns (e o antídoto)
FAQ rápido
CET é sempre maior que a taxa nominal?
Por que CET muda entre propostas “CDI + 4%” parecidas?
Posso reduzir CET depois de contratar?
Como o hedge ajuda no CET?
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