GX Explica: Mercado de Capitais vs. FIDC — escolha a fonte de funding ideal para sua empresa

Compare debênture, Nota Promissória e FIDC: custos, prazos, impacto no balanço e quando cada rota de captação é mais vantajosa.

May 26, 2025 - 16:33
May 27, 2025 - 13:48
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GX Explica: Mercado de Capitais vs. FIDC — escolha a fonte de funding ideal para sua empresa
escolha a fonte de funding ideal para sua empresa

GX Explica: Mercado de Capitais × FIDC — qual rota de funding escolher?

Tempo de leitura: 8 min | Atualizado em 23 mai 2025

Mercado aberto ou securitização? Eis a questão

Na hora de levantar recursos, empresas médias e grandes têm hoje dois caminhos principais: emitir dívida no Mercado de Capitais (debênture, Nota Promissória ou Letra de Câmbio) ou securitizar recebíveis via FIDC. Cada rota traz custos, prazos e impactos contábeis diferentes. Este guia compara, ponto a ponto, para ajudar CFOs e tesoureiros a decidir qual ferramenta atende melhor a sua estratégia de caixa.

Tabela comparativa resumida

Critério Mercado de Capitais
(Debênture • NP • LC)
FIDC / FIDC NP
Prazo típico 6 m – 10 anos 1 – 5 anos (vida média)
Custo (rating A-) CDI + 1,0 – 1,8 % CDI + 0,8 – 1,6 %
Garantia Quirografária ou real Recebíveis cedidos
Impacto de balanço Passivo oneroso ↑ Off-balance (se true sale)
Velocidade
captação
30 – 60 dias (ICVM 160) 60 – 120 dias (CVM + estruturação)
Volume mínimo viável R$ 20 mi (NP) / R$ 50 mi (debênture) R$ 30 – 40 mi de carteira

Quando faz mais sentido emitir no Mercado de Capitais?

  • Projeto de CAPEX longo — necessidade de prazo > 5 anos.
  • Balance sheet sólido — DL/EBITDA < 3× e rating ≥ A-.
  • Captação única — recursos para expansão específica.
  • Objetivo de diversificar base de investidores (fundos, seguradoras, PF via debênture incentivada).

Quando o FIDC é mais vantajoso?

  • Giro recorrente — carteira de duplicatas ou contratos rotativos.
  • Dívida alta no balanço — securitização não aumenta passivo oneroso.
  • Sazonalidade — permite revolver créditos e manter caixa estável.
  • Rating limitado — FIDC “empacota” risco e atrai investidores com colchão subordinado.

Exemplo numérico: TechParts decide entre NP e FIDC

Cenário: precisa de R$ 60 mi para capital de giro.

  • Nota Promissória 360 d → CDI + 1,4 % (CET 10,9 %)
  • FIDC padrão 80 % sênior CDI + 0,9 %; 20 % subordinada (empresa) → CET ponderado 10,3 %
  • Economia ≈ 0,6 pp/ano (R$ 360 k) + passivo não aumenta.

Erros ao escolher a rota de funding

  1. Emitir debênture sem rating e pagar spread 0,7 pp maior.
  2. Montar FIDC com subordinação insuficiente (rating reprovado).
  3. Não incluir cláusula de manutenção de Over-Collateral diário.
  4. Comparar custo sem considerar IOF 0,38 % da securitização internacional.

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Vinicius Teixeira Vinicius Teixeira é especialista com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro, atuando com foco em soluções estratégicas para câmbio, crédito estruturado e inteligência financeira para empresas. Ao longo da carreira, ajudou centenas de negócios a tomarem decisões mais inteligentes e rentáveis, sempre com uma abordagem analítica, consultiva e baseada em dados. Fundador da GX Capital, Vinicius combina sua vivência de mercado com o uso de tecnologias avançadas e inteligência artificial para oferecer uma nova geração de serviços financeiros. É também palestrante, tendo participado de eventos e formações voltadas à educação financeira e à transformação digital no setor. No portal da GX Capital, compartilha sua visão sobre o futuro do mercado, tendências econômicas e estratégias práticas para empresas que querem crescer com eficiência e segurança.